O diretor de Sintel, Colin Levy, criou algumas dicas de uso do Blender durante a produção do filme. Coisas que ele aprendeu com aqueles que, como o próprio Colin fala, sabem mais do que ele.
Estas dicas, 12 no total, você pode encontrar no site do próprio Colin clicando aqui. Lá, os vídeos estão disponíveis em dois formatos 720 x 426 e 1080 x 640.
DVD 1: NTSC (4 GB) * Sintel film (15m) * Documentary by Ali Boubred (60m) * Outtakes, with commentary videos by Colin (11m) * 8 commentary tracks (director, writer, composer, rigger, entire team, animators, render team, coders) * 8 subtitle languages * Special DVD credit scroll
DVD 2: PAL (8 GB) * Same structure as NTSC disc * Additional 4 GB of studio data
DVD 3: Extras (8 GB) * Html interface to browse the contents * Sintel film in HD (5.1 and stereo mp4) * Ali Boubred documentary in HD * 29 tutorial videos, by 10 people, almost 5 hours. * 4-split video of film, in storyboard, directors layout, opengl animation, final. * High resolution artwork (incl poster, 4k renders) * David Revoy concept art gallery * Weeklies gallery + fun avi tests * Esther Wouda on script progress and article on the screenplay * the Live Edit: Blender sequencer with every shot as avi + grading setup * Blender 2.5 render branch binaries * OpenEXR originals from the render farm, 1 for every shot (220) * Trailer
DVD 4: Data (8 GB) * Full export of the production svn, all models, textures, animation & shot .blend files * Renderfarm software (py scripts) * Planning board files, breakdown
Desde a quinta-feira passada que eu escrevo algo diferente sobre o filme. Agora desisti. Eu me rendo. Já elogiei, já critiquei, já fiz cópia de backup dele, da mesma forma que já o apaguei depois e copiei de novo. E a cada dia que escrevia alguma coisa... era algo muito diferente do que agora escrevo.
E antes que você me crucifique, como assim mesmo eu fiz... leia até o final, pois não tenho vínculo algum com editoras de livros para APENAS elogiar o filme. Também não estou escrevendo um livro sobre o Blender. Não ganho ou perco quando o Blender se sai bem ou mal. Também não vou dizer que ele foi um filme "LINDO". Não é.
ACHO que eu esperava algo do filme que não está nele. E quando penso assim significa que me decepcionei. A gente meio que se acostumou com algumas coisas que as empresas gigantes colocaram na nossa vida. E, quer queira, quer não, muitos de nós são consumidores de filmes como o "Piratas do Caribe: O baú da morte", "O Curioso caso de Benjamim Button", "2012", "Avatar", "Como treinar seu dragão". Isso resulta na nossa demanda que acaba adquirindo características técnicas e estéticas apresentadas por estes filmes.
Eu sei, muitos, senão todos, estes filmes nem tem muito o que se falar de estética, mas refiro-me à estética da imagem digital, do personagem, cenários e efeitos digitais que enchem os olhos de todos. Assistir a história de uma personagem que, devido a uma ação precipitada chega à via da auto-condenação está muito além do que poder ver um pirata com tentáculos ao invés de barba. Fato.
Se eu considerasse apenas o que disse acima o filme foi, para mim, um fracasso.
ACHO que o pessoal fez um trabalho fantástico. Principalmente quando sei as circunstâncias nas quais eles trabalharam. Chegar onde chegaram com as condições que eles tinham. Eles são quase deuses. Pode crer.
Para quem não sabe, quando assitimos a filmes de grandes estúdios, eles dispõem de uma infra-estrutura tão grande que as vezes é meio difícil até mesmo mensurar. A estrutura do filme Sintel foi basicamente a mesma que está disponível no vídeo abaixo:
Ou, se você preferir, na equipe que está abaixo
Agora, vejamos os dois lados da moeda juntos. No vídeo que segue está uma reportagem da Globo. Sofrível, mas serve. Uma vídeo que mostra parte dos recursos disponibilizados para a realização de grandes produções. A parte a qual me refiro passa a partir dos 00:03:15:00 (três minutos e quinze segundos).
Se eu considerasse apenas isso o filme foi, para mim, o máximo.
Entreatnto, NÃO posso considerar apenas o que citei acima. Sintel está além. Além do filme com seus méritos ou deficiências. Está na proposta da Blender Foundation de dizer: olha, você pode fazer melhor. E considerando o que foi visto no filme cheguei a uma conclusão:
Li recentemente na capa da revista 3D World uma descrição coerente sobre o Sintel que dizia "Com este novo filme de curta-metragem, a Blender Foundation retorna e mostra o que o Blender 2.5 realmente faz..."
Por fim, acho que o filme traz consigo uma quantidade de informações tão grande que o deixa além de um filme. O deixa além de minha análise.
O vídeo abaixo é uma entrevista com Ton Rosental realizada em 18 de fevereiro de 2008 sobre o futuro do Blender. Quais seriam as principais mudanças da versão 2.5, quando ela seria lançada e quais as expectativas sobre o Blender nos cinco anos vindouros daquela época.
Legendas: clique em Choose Language... acima no arquivo Flash para selecionar a legenda que você deseja. Em português temos, até o momento da publicação dest post, apenas 18% do vídeo legendado.
Coloquei este vídeo para que tenhamos noção do que estava planejado no projeto Duria que resultou no filme Sintel.